Por Bruna Taboada
O termo “marketing de guerrilha” vem da guerrilha bélica, que é um tipo de guerra não convencional, sendo que a principal estratégia é a ocultação e a fácil mobilidade dos combatentes, que são chamados de guerrilheiros.
Na maior parte das vezes, a guerrilha é usada pela parte mais fraca contra uma mais forte. Por isso, no geral, as ferramentas de marketing de guerrilha são utilizadas por empresas menores, com o objetivo de combater grandes concorrentes.
O marketing de guerrilha permite uma vivência com a marca que outras mídias não alcançam. Na maior parte dos casos, a marca nunca é exposta. Não com o intuito de enganar o consumidor, mas sim criar um vínculo com ela.
A divulgação do produto ou marca no marketing de guerrilha é feita de maneira sutil. As ações normalmente são inusitadas e causam um grande impacto no consumidor.
Hoje, grandes empresas usam essa “tática” como forma de alcançar um nicho maior de mercado, pelo fato de ter baixo custo. Elas acreditam que a ação de marketing de guerrilha é muito mais eficiente, pois ele tem uma credibilidade diferenciada devido as formas de divulgação ( viral, boca a boca… ).
E ontem, segunda, aconteceu algo interessante: chega a São Paulo uma versão do jornal carioca Meia Hora. O jornal, que é conhecido no Rio de Janeiro por publicar matérias e fotos com uma linguagem bem irreverente, atinge o público de classe C e D. Será vendido nas bancas paulistanas pelo valor de R$0,50.
Algumas empresas receberam uma mala direta em formato de marmita (com comida de verdade, na hora do almoço), fazendo uma analogia ao público que lê o jornal. Além da divulgação nas linhas do trem da CPTM, o jornal faz uma campanha de marketing de guerrilha intitulada Rango da Hora. Em alguns restaurantes da cidade, foi colocado um cavalete com o layout do jornal Meia Hora como prato do dia. Cada pessoa que pedir esse prato, ganha um exemplar do Meia Hora com a matéria de capa falando algo sobre o prato que ela pediu. Entre as “notícias” estão: “Todo paulista é virado”, “Esvaziamos o bucho do boi pra encher o seu: hoje é dia de dobradinha!”, “Com essa massa você enche até uma laje: hoje é dia de macarronada!”. A agência responsável pela ação foi a Espalhe.
Com isso, percebe-se que marketing de guerrilha não são aquelas ações necessariamente ligadas às novas mídias. Basta ser criativo e gerar boca a boca, sendo o próprio público alvo como propagador da notícia.